Com papel, caneta e muita criatividade, a oficina sobre a artista plástica Lygia Clark e a poesia Concreta trouxe para o Festival de Inverno a discussão sobre esta corrente de vanguarda e como criar arte neste estilo. Essa oficina surgiu como extensão do curso de História da Arte, oferecido pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), e foi ministradas pelas professoras Isadora Pareira e Camila Dal Ccol.
A oficineira Isadora lembrou que o movimento Concretista surgiu no Brasil na década de 1950. Os concretistas, segundo ela, rejeitavam qualquer forma de arte presente no país, e consideravam que o tratamento dado às manifestações artísticas eram apenas cópias e adaptações do que estava acontecendo na Europa. Os artistas dessa corrente criticavam o apego à geometria, à matemática, à racionalidade, à urbanização acelerada que ocorria numa época em que as relações sociais e políticas não eram tão livres quanto hoje, lembra a professora.
Para a professora Dal Col, quando se trata de movimentos de vanguarda, uma das características marcantes é a proposta de se romper com tudo que carrega um significado de padrão e tradição. A artista Lygia Clark, lembra, traz uma quebra da relação das pessoas com a arte, quando ela propõe uma arte mais sensorial, capaz de interagir com o público.
O estudante João Pedro Zuccolotto fez a oficina, afirmando que sempre gostou muito do Concretismo e do Neoconcretismo. Por aluno da FAOP, ele acredita que essa oficina serviu para completar sua formação.
Comments